sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Redundante.

Pois que andava assim perdida, sem achar sequer guarida para do nunca descansar.
Pois que a fase andara a toa e a vida que fora boa resolvera por caçoar.
Pois que achou-se de graça berrante deixar-me no abismo distante do objeto a carinhar.
Pois que farta da vida injusta, fui meter a grande fuça n'outro campo do pensar.

Pois que pedi ao meu tutor que ao cristo redentor me permitisse dialogar.
Pois que o pedido me foi atendido e ao então amor garantido dos prantos fui me queixar.
Pois que ao olhar as lágrimas turvas, ao acariciar as faces rubras, a divina providência tratou de me explicar.
Pois com sorriso displicente veio até a alma clemente garantir que aquela gente nada podia alterar.

Pois com resposta de fonte segura, sentindo-me muito madura para a Terra decidi voltar.
Pois com telha divina, vi na ave pequenina a oportunidade de voar.
Pois que após dúvida cruel e tomada por cegante véu me esquecera de Nele acreditar.
Pois tocando a vida adiante, ainda que com espírito errante, a promessa passei a esperar.

Pois que me encontro nas noites claras, ainda nas canções tão raras me prendendo ao estar e amar.
Pois que após abraço forte, caminho de encontro ao norte para quem sabe com a sorte um dia me deliciar.
Pois que promessa pra mim é dívida e não há de ser sem vida que todos irão comentar:
Pois que as almas que andavam distantes puderam sob Lua minguante, como disse o grande amante, enfim se reencontrar.

Um comentário:

Lucas Araujo disse...

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