quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A favorita.

Das saudades que vou sentir, os suspiros nostálgicos. As minhas alegrias guardadas nas paredes, as minhas revoltas justas da idade. Os planos (e promessas) pro futuro, as minhas listas de afazeres exagerada. Os itens que eu vou desistir de cumprir no primeiro convite para ir ao parque...

Todas as lágrimas melindradas por questões que no fim não chegaram nem perto de acabar com a minha alegria e as pessoas que considerei de minha posse. O chão onde pisei com o sempre mesmo tênis da moda (confortável e barato. Perfeito!), os diferentes papéis de bala que eu guardo num abraço muito apertado de mim.

As vistas que eram, em cada ano, diferentes. O Sol que batia cada vez em um lugar (ou pessoa) e ofuscava qualquer fórmula muito batuta de matemática que eu ainda não entendo. A pretensão de ter tido aquela sacada inédita, aquela maturidade e genialidade que só uma pré-adolescente pode ter a certeza de ter e só um professor muito paciente pode relevar.

O apego aos cheiros e às cores. O peito estufado, a sensação de que ninguém no mundo tem tanta ciência da felicidade que tem. Um milhão de aventuras que nem foram tão aventuradas e não chegaram nunca ao grau de uma advertência (mas ousaram correr de um inspetor só para ter do que correr; a emoção está no cansaço).

Problemas que eu trouxe de fora e me ocuparam aqui dentro, os olhos concordantes e sempre mutuamente compreendidos. A comum disposição do mundo.

O meu tesouro juvenil e muito particular guardado nas paredes e as vidas que os adultos que com o tempo foram virando amigos viram desabrochar. As minhas predileções pessoais, tão cativadas e bem quistas...

E pensar que quem passa por você nem te dá essa bola toda!

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