O som que vem de fora, se confunde com o de dentro.
O que já era um enigma esquecido, ou uma tentativa fracassada, volta a atormentar, daquele jeito bom.
Daquele jeito que te faz continuar.
Com aquela luz que você absorve, para não deixar ninguém no escuro.
O escuro dos outros é o seu escuro.
O inferno ainda é um pouco de você.
E essa sua reação química faz um fogo se acender, mesmo sem se ver.
Desse modo eu seria o cego mais feliz do mundo.
As cortinas fechariam e só permaneceria o que eu quero ver.
Mas o que eu faria quando a saudade me esfriasse em um ponto confortável?
O que eu faria sem o inferno louco da dúvida, da angústia e da frustração deliciosa do gostar?
O que eu faria quando eu te quisesse acima de tudo, mesmo sem querer?
O que eu faria se a tinta da caneta acabasse e eu não tivesse nem um esboço da minha inspiração?
Sobre o que eu escreveria sem o mundo?
O céu é tão calmo, parado e perfeito.
Não é lugar para artistas, músicos, escritores, sonhadores e apaixonados...
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