quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fora de Órbita

E numa noite veio,
E devastou.
Se mostrou enorme,
Diante do pequeno homem.

Os dias passavam
E sua espera era ansiosa
Pelo anoitecer.
Era impossível viver.

Era impossível viver,
Esperando um milagre.
O amor escorria pelos lábios,
Como palavras.

Escorria das mãos,
Como poemas.
E era impossível viver.
Era impossível viver.

Sabendo que seu amor
Era o maior do mundo
E sem ela,
Ele era copo sem fundo.

E não tinha como correr,
Não tinha como lutar.
O amor se mostrou um inferno,
Ele queria parar.

E correu,
E chorou,
E gritou,
E se sentiu maldito.

E fugiu,
E descobriu,
E planejou.
E jogou.

Jogou seu sofrimento num rio.
Não aguentava mais carregar.
Ele era um pequeno homem
E trazia o maior amor do mundo.

Era um sentimento puro e simples,
como a água do rio.
Mas seu amor era grande demais.
Era grande demais.

E o rio transbordou.
E alagou tudo na Terra.
E o homem que amava demais voou,
Até parar na Lua.

E então viveu feliz,
Ao lado do seu amor.
A estrela mais linda que poderia existir.
Uma estrela que, sozinha, iluminava todo o céu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa, muito bom!

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