segunda-feira, 17 de maio de 2010

Procure o SSO.

Senhores poetas, me perdoem o atrevimento, mas será que lhes podia questionar os pensamentos? Ao que se referem quando cobiçam se perder ao encontrar o outro?
Queridos - e amados - poetas, não me quero perder ao encontrar, quero mais é me achar. Quero é me afogar em mim! Não senhores, não me posso desejar tal coisa, senão não aproveito e nem ao menos me conto como é o encanto do amor. Quero mesmo é me beber em doses nada homeopáticas. No outro, caros senhores, me quero completa. Não que questione suas longas listas de palavras genialmente colocadas com a mais precisa geometria, em espaços contados milimetricamente. Não que ofenda ou escarneça a simplicidade bem trabalhada das palavras displicentes, colocadas casualmente em ordem impensada. Mas não me tenho presa a esse desejo. Talvez por não conhecer o fel da vida constantemente amarga, tão contada por vós. Talvez por não ter no sangue toda a poesia do humano. Talvez por ser geneticamente mais eu do que sou vocês. Não sei. Sei que sou vocês, e que sou eu e que como disse a mais lotada de eus, vós e eles: " Já que sou, o jeito é ser". Mas se é pra ser que seja direito, que seja inteiro e que seja completo. Que não seja perdido, que não seja inerte, que não fale por falar nem se perca ao se encontrar. Que se achem todos, que sorriam, que bebam num gole só, afinal, o mundo só é mundo porque em algum momento se acharam todos e explodiram-se em milhares de pequenos pedaços. Talvez isso seja eu e sejam vocês: pequenos pedaços de achados e perdidos.

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