quinta-feira, 15 de julho de 2010

Conversa com os mortos I

(O Conversa II está em reformulação, sem data de publicação nova).

Te vejo parado e quieto, feições duras. rígidas. Te toco e parece um mármore, esculpido do modo mais perfeito.
E por mais que eu tente, nem meu calor te faz reagir. O que houve?
O frio existe para acalentar a sua alma triste, talvez. A alma sem descanso, que congela sem cessar.
Para ressaltar o seu jeito, te deixar acanhado, te guardar.
Para te salvar. Para nos unir.
Não para congelar o sangue nas suas veias.
O frio. Você, tão frio, imóvel. Quem foi que te fez isso? Quem congelou seu coração, levou sua alma e me deixou seu corpo, com todas as lembranças marcadas?

Será que fui eu?

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